quarta-feira, 13 de abril de 2011

Poema- Instituição querida.

 Instituição querida


Conte-me segredos, caso queiras
Asneiras da TV , o descaso com a fome
Que some quando queremos.
Conte-me sobre o anseio do trabalho,
Quem é fulano de tal para indagar
O seu nome.E atento ao seus planos
Não haverá benefício tão real e humano.
Quando o encanto some com pás
necessárias o amor ressurge, indagando
os princípios da convivência .
Comprarás livros, roupas e a minha chatice.
Os motivos para discutir partirão
das mesmas bocas abertas à saliência.
Sigamos assim com o frio na espinha
aberto à saudade.A tosca verdade
da razão.Os instantes contigo vividos
ao limite e construindo um viver maduro.
Não menos obscuro e assim permita
a essa índole do sentimento o desquite
com a fantasia.Sou todo ouvidos, fortaleço
os meus ombros rijos acolhendo gritos.
Mereço partilha com risos, estou atento
aos tombos.Não ao fomento da nostalgia
Dispenso agora impessoalidades, esposa.
Vamos dormir na variedade do presente.
A demora repousa em refletir a ação repleta
Da força que nos surpreende. Eu lavo a louça
e faço o mercado acompanhando
os seus estados.Se os motivos
a me convocar são os da moça insegura
ou do crivo das contas está fixado
em nosso contrato a força seguinte.
Ela reinventa lugares para todas
as fases tenazes a fim de nos
fortalecerem.Agora, diga-me você...
Há como desligar a TV
deixando avistar nesse corpo
tesão ,loucura, prudência e atitude
capazes de pavimentar com paixão
o esforço exigido pelo casamento?
Não, tudo confunde-se ao compromisso firmado.
Sendo firme o intuito do reflorestamento
Quando muito conselhos, terapia de casal.
Agora tire essa cara, interrompa a leitura,mulher
E vamos logo tirar o nosso atraso. 


RIO,13 DE ABRIL DE 2011.


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