terça-feira, 27 de setembro de 2011

Poema- Fagulha improvável



Fagulha improvável


Amada a palavra muda
Muito difícil na ida
Porque arrebata no vazio
Uma idéia aos berros ainda.

Palavra colhe estéril e inunda
Precipícios quando quer.
É divina e traiçoeira
Porque aglutina princípios
Para os maiores espantos.

Sem papas na tinta
Com letras marcadas em digitais
De espera,para que o destino
Acometa paz como quem ensine
posse aos filhos.

Sem deserto a palavra crava
Ventos em alicerces frágeis.
Ela marca a pele com dúvidas
E adere preces próprias
Com verdades dúbias.

Palavra muda,palavra sempre.
Quem persegue uma ilha entre sons
É isolado.Quem se despede
Do concreto até o incerto
Como desdém da fagulha improvável
Nas letras será quem busca nas palavras

O motivo para um espelho correto por fim
acha um tedioso refém.

RIO,06 DE JUNHO DE 2010.

Poema- Descoberta

Descoberta

Lamba teus males
Com anseios de marés.
Para relvas em campos
De verde musgo és tu .
Não bastam rodapés
De qualquer escritura
Vesgo olhar e alma sã
Inscrevem na carne
tua mulher segura
para o compromisso
ventilado em desarme.
Barca dos pés descalços
Nefastos ,sem bússola
Abocanham brisas...
A prece convida quieta
nas  tempestades
-    entre divisas   -
Para uma magnífica
D E S C O B E R T A!!!

RIO,17 DE JANEIRO DE 2010.

ANDRÉ NÓBREGA

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Poema- Fôlego para atravessar tsunamis

Fôlego para atravessar tsunamis

Sabes do nosso ponto de partida?
Você funciona sendo trilha
o ardor delira a tendo como sócio...
Sabes estar acolhida pelo sonho
Da mais pulsante via?Daí ,qualquer
Vento requer uma paz , um flagrante
Capaz de esconder o que me inspira
à prazo o teu peso. Somos sombras.
Seremos mais quando os poemas
Celebrarão contágio e dos terrenos
Improváveis os termos da coragem
Serão guia. Fria é a contagem dos
tempos.O templo de oração que
anestesia miragens.Diante da poesia
somos todos capazes.Sem reclames
verdades totais ou pazes com a fossa.
Mas , moça ,a saudade faz traçar desertos
E desenhos. O rabisco pelo qual se defina
Força aguarda pelos seus traços. Assim
Uma página se verte em lágrima,adverte
Uma máxima que é infame...
Quando a distância convoca pressa o calor
Engessa a vida. Dá fome não vê-la, uma
Besteira de náufrago o meu encanto.Mas quer
Saber?Tenho a bóia sincera da ousadia aqui.
Sem prever,estou pronto para alegrias fraternas
A disposição que dome as suas calmarias
E atravesse os seus tsunamis.

RIO, 14 DE SETEMBRO DE 2011.