sábado, 28 de janeiro de 2012

Poema- Para que beijá-la inteira ?

Para que beijá-la inteira ?


Vou beijá-la na face como se amasse
a tua sorte. Dou um braço pelo seu
sentimento porque beijá-la nas partes
difíceis , driblando impasses é um ato
insano e santo. Ao beijar o teu pescoço
eu renovo qualquer passado dos enganos.
Beijo os teus seios mirando o útero, nos
terremotos súbitos a lhe trepidar, urgentes.
Porque sigo ávido entre as palavras gentis
mais animal do que gente.Despedir-me agora
sem beijá-la evocando mortes instantâneas será
o provável enredo.O apego só navega com freio.
Beijá-la inteira ,consigo.Acompanhar teus anseios
sem criar sonhos nessa composição nos maltrata.
Já áspero dos carinhos murmuro contigo uma poesia
tola.Ao sair do quarto ,todos os caminhos projetam
tempo.A ansiedade conjuga no corpo o seu templo .
Volto assim,a conviver com  a mesma pessoa.

RIO, 28 DE JANEIRO DE 2012.

2 comentários:

  1. "útero/(....)terremotos súbitos a lhe trepidar..(...)"
    Muuito bom André!!!Poeta!!

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  2. Grande Márcio Menezes,

    fico grato pelas palavras .

    Todo flamenguista é sentimental ! rsrsrs

    Um abraço, irmão.

    André Nóbrega.

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