domingo, 6 de novembro de 2011

Poema - A voz que é colheita

A voz que é colheita


Essa voz de festa próxima
Me convoca ao desvario,sabes?
Dessa forma destemida de desejo
Eu lhe desafio a um compromisso
indócil. Quando você acumular
falta ,afague um vício mais nobre.
Das suposições, traga consigo
o risco nos murmúrios mais triviais.
Daí, o que eu persigo como meta não
Será ata do vagar inseguro. Data
da vontade profana a esperada festa
pelo mergulho teu.Assim, a gente
desfoca as reações desse confisco
 injusto .Daquele céu aquecido de papel
não haverá passo seguro sem um
sadio extravaso. Esse teu rosto tem
o meu instinto definido. O posto de quem
revoga ações do presente e não atende
ao corpo, me mantém ilhado a um nó sádico.
Serpente do medo é supor,somente. Nada
de vestes de mármore.Me interessam os teus
artifícios ondulados em viva colisão feminina.
Dispenso as contra-provas desviando do
Caminho o indicio ao vagar pacífico.Quero- te
aqui sendo a mola que arisca rindo horizontes
comigo em um xote contínuo ,elevando escalas.
Acima da dúvida assola a tua sorte.Ela risca
o nosso destino intima fontes e provas
insuspeitas.Cedo ou tarde,a tua voz me vacina
daqueles mares tranqüilos.São tolos os meus
inquilinos a aceitarem os prazeres tão ocos
de você.Os motivos da colheita são decisivos
 os da rejeição são sons estéreis de tons
e momentos outros.Eu cativo o fomento evidente
a uma nova canção.Crente das trovas e dos
fragmentos à espreita, a paixão rejeita os meio termos.
Se a tua voz enfeita os silêncios, ela enfeitiça
os nossos ermos tempos.Constantes ou passantes
o importante é nunca estarmos desatentos.

RIO, 05 DE NOVEMBRO DE 2011.

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