Sabe o que mais enche o meu saco atualmente?O julgamento silencioso das pessoas, aquele olhar convocando pena , do qual você sente o pensamento das pessoas ,mas não estimula a verbalização a fim de evitar aborrecimentos. Os pensamentos têm cheiro, cor e ao virem acompanhados por um olhar de pena me brocham,sinceramente.
Entendo a dificuldade das pessoas em considerarem o cadeirante como pessoa integral, o julgamento qualificando a cadeira como cruz, e o fato da de rodas chamar primeiro a atenção nos lugares novos, para em seguida, as pessoas olharem para você. Entendo isso,mas não atendo a essa denominação que desqualifica a pessoa e não respondo a tais situações com bom humor, mesmo reconhecendo a eficácia dessa atitude.
Pior do que lidar com a própria deficiência é suportar a ignorância em movimento, circulante em murmúrios, risos dissimulados e olhares de censor das pessoas.Sempre há pessoas a quem eu não conheço e dispostas a me ajudarem.Agradeço as muitas que encontrei e as pessoas com as quais me depararei com esssa atitude afirmativa,nobre e fundamental.Isso me predispõe a conviver contra os inválidos existenciais,os portadores de miopia afetiva e outras das quais eu sei não ser o único alvo.
Agradeço aos familiares, amigos e amigas que valorizam o meu suor.
Um abraço PARATODOS!!
André Nóbrega.
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