O princípio mais óbvio
Soa compreensivo o recado de adeus.
O que se perdeu em motivos tão fáceis.
Os cacos dão colorido à perda , eu odiando
A sua alegria, sepultando os teus rastros.
São táteis os medos, percebo e me esquivo
Das perguntas.Elas vem juntas da verdade
Simples.A ação que credita mágoa ao princípio
Mais óbvio. Quanto mais convoco explicações
à síntese dos fatos, mais provoco medidas
E inalações de ódio diárias. Essa doença
se equipara ao artefato mais difícil e humano.
Ela se apresenta ao repetir para mim que amá-la
É o início do plano perfeito ,leito de uma maldição
evocada pela sua celebrada ausência. É o engano
cujo luto consagra e a memória cinzenta confunde.
Não desfruto do real ,apenas consumo o ideal
que renda histórias prontas para serem escritas,
vendidas para antenas carentes. Perfeita e estreita
a minha covardia.Caso não se consuma a gangrena
do luto a minha bravura será colheita a renegar vida
e vomitar poesia.
RIO, 26 DE JULHO DE 2011.
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